Megalodonte super-húmido pode ter sido muito quente para evitar a extinção

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WASHINGTON - Por que o megalodonte de tubarão-monstro foi extinto? Novas pesquisas têm respostas, e a alta temperatura corporal do tubarão pode ter contribuído.

Megalodon era um mega tubarão, um enorme "Big Bad" pré-histórico que ainda alimenta pesadelos e fascina os cientistas hoje em dia. Esse peixe enorme pode crescer até 18 metros de comprimento e derrubou presas com um bocado aterrador de dentes, cada um medindo até 18 cm - mais do que uma mão humana.

Por mais assustador que fosse esse predador gigante, ele desapareceu dos oceanos cerca de 2,6 milhões de anos atrás. E novas pesquisas analisaram a temperatura corporal de Otodus megalodon para oferecer uma explicação sobre o que pode ter causado o seu desaparecimento.

Como outros tubarões vivos hoje, como os grandes tubarões brancos e mako, acredita-se que o megalodon tenha sido capaz de termorregular ou ajustar sua temperatura corporal em resposta a águas mais frias ou mais quentes. Isso permitiria caçar em uma gama mais ampla de habitats do que outros tubarões, de acordo com pesquisa apresentada hoje (10 de dezembro) na reunião anual da União Geofísica Americana (AGU).

Mas a temperatura corporal de megalodon era semelhante à dos tubarões modernos? Para descobrir, os cientistas usaram a geoquímica para examinar isótopos raros de carbono e oxigênio em dentes de megalodonte e dentes de tubarões modernos. (Isótopos são versões de moléculas com diferentes números de nêutrons.) Esses isótopos formam ligações diferentes, dependendo da temperatura do animal quando os dentes se formam, disse ao Live Michael Griffiths, professor associado do Departamento de Ciência Ambiental da Universidade William Paterson, em Nova Jersey. Ciência.

Com esse método, os cientistas poderiam estimar qual poderia ter sido a temperatura corporal média do animal antigo e, assim, encontrar pistas que pudessem explicar como a biologia ou os hábitos do megalodon o condenaram à extinção, disseram os pesquisadores.

Os resultados preliminares sugerem que o megalodonte é "bastante quente" para um tubarão, disse Griffiths. Antepassados ​​dos makos de hoje e dos grandes tubarões brancos que nadavam ao lado do megalodon há milhões de anos, provavelmente tinham temperaturas corporais de 20 a 30 graus Celsius.

Em comparação, o megalodon pode ter atingido uma temperatura corporal de 35 a 40 graus Celsius, que é a temperatura corporal das baleias, disse Griffiths.

Com uma temperatura corporal tão alta, o megalodon deve ter um metabolismo muito ativo que exigia alimentação frequente, disse Griffiths. Então, o clima esquentou e as presas de megalodon foram para águas mais frias em latitudes mais altas. A escassez de alimentos e a concorrência de novas espécies de predadores, como as baleias assassinas, podem ter sido a combinação fatal que levou o megalodonte à extinção, explicou Griffiths.

"Grandes mudanças climáticas combinadas com limitações evolutivas podem fornecer a 'arma de fumar' para a extinção das maiores espécies de tubarões que já estiveram no planeta", disseram os cientistas.

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