Os mineiros descobriram um diamante amarelo de 552 quilates na mina de diamantes Diavik nos territórios do noroeste em outubro deste ano, anunciou a Dominion Diamond Mines na semana passada. Para o Canadá, essa é uma grande pedra: o recorde anterior de tamanho do país para um diamante foi de 187,7 quilates. No entanto, para o mundo, o maior diamante já encontrado é o diamante Cullinan, descoberto na África do Sul em 1905. Essa rocha atinge 3.106,75 quilates.
Para outra comparação, o famoso Hope Diamond, realizado no Smithsonian Institution em Washington, D.C., tem 45 quilates. É famosa por sua rara cor azul e seu alegado hábito de trazer infortúnio para quem o possui.
Os diamantes geralmente vêm do carbono preso nas profundezas do manto da Terra. Sob calor e pressão altíssimos, esse carbono se cristaliza em uma pedra preciosa brilhante e muito cobiçada. Erupções vulcânicas profundas aproximam os diamantes da superfície. (Os diamantes podem se formar de outras maneiras, como em grandes impactos de asteróides na superfície, mas os diamantes comerciais geralmente vêm do manto.)
O recordista canadense é um diamante amarelo, que recebe a cor das impurezas de nitrogênio no cristal. Os diamantes amarelos são mais raros que os brancos, mas ainda eram amplamente considerados uma pedra mais barata até os últimos anos. De acordo com um artigo do Wall Street Journal de 2012, os diamantes amarelos começaram a ganhar popularidade (e preço) por volta de 2010, uma tendência impulsionada pelo alto custo dos diamantes incolores e pela escolha de várias celebridades de usar pedras amarelas em suas próprias jóias.
A mina onde a pedra foi encontrada fica a 220 quilômetros do Círculo Polar Ártico, em uma ilha em um lago chamado Lac de Gras, onde uma série de depósitos de uma rocha ígnea chamada kimberlita é cravejada de diamantes. Segundo a GIA, uma organização sem fins lucrativos que avalia a qualidade dos diamantes, a mina de Diavik produziu mais de 100 milhões de quilates de diamantes desde que foi inaugurada em 2003.
Os maiores diamantes já registrados, no entanto, vêm da África do Sul. O Cullinan era uma pedra quase incolor que, uma vez cortada, rendeu duas grandes joias da coroa do Reino Unido: a Grande Estrela da África (530,4 quilates) e a Segunda Estrela da África (317,4 quilates). O primeiro adorna o topo de um cetro e o último uma coroa.
Apenas neste ano, a mina de Letšeng, no Lesoto, tossiu um diamante incolor de 910 quilates, o quinto maior já encontrado.
Não está totalmente claro por que as minas da África do Sul geralmente contêm pedras gigantes. No entanto, algumas pesquisas sugerem que os maiores diamantes se formam de maneira diferente das pedras menores. Um estudo de 2016 descobriu que a composição de diamantes gigantes difere da composição de diamantes menores. As maiores tendem a ter estruturas cristalinas irregulares e poucas inclusões, ou material não-diamante, segundo a pesquisa. No entanto, essas pedras maiores continham pequenos grãos metálicos não vistos em diamantes menores, sugerindo que os grandes podem se formar em pequenos bolsos metálicos muito profundos no manto.
Nota do Editor: Este artigo foi atualizado para indicar que a mina de Letšeng está no Lesoto, não na África do Sul, como havia sido relatado anteriormente.