Novas descobertas desafiam idéias de formação de galáxias

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Uma equipe internacional de astrônomos realizou uma pesquisa com uma nova câmera submilimétrica e descobriu mais de cem galáxias empoeiradas no início do Universo, cada uma das quais está no meio de uma intensa explosão de formação estelar. Essas galáxias submilimétricas estão associadas à formação inicial de algumas das galáxias mais massivas do universo atual: galáxias elípticas gigantes. Uma dessas galáxias é um exemplo de uma classe rara de explosão estelar, vista apenas 1 bilhão de anos após o Big Bang, e pode apresentar um desafio direto às idéias atuais de como as galáxias se formaram.

A equipe (conhecida como colaboração LESS) usou a nova câmera Large Apex Bolometer Camera (LABOCA) no telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX), localizado no deserto de Atacama, no Chile, para fazer um mapa das galáxias distantes em uma região do céu chamado de Extended Chandra Deep Field South.

Essas galáxias estão tão distantes que as vemos como apareceram bilhões de anos atrás. O LABOCA é sensível à luz em comprimentos de onda logo abaixo de 1 mm (radiação submilimétrica) e é capaz de encontrar galáxias muito empoeiradas e muito luminosas em tempos muito precoces da história do Universo, quando galáxias elípticas gigantes se formaram.

Por muitos anos, pensou-se que essas galáxias elípticas gigantes formaram a maioria de suas estrelas desde muito cedo no Universo, nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. No entanto, muito poucos exemplos dessas fontes empoeiradas muito distantes e muito brilhantes foram encontrados em pesquisas submilimétricas, até que a colaboração do LESS concluiu sua pesquisa de um pedaço de céu do tamanho da Lua Cheia na constelação de Fornax no hemisfério sul. Sua pesquisa é a maior e mais profunda do tipo em radiação submilimétrica e revela mais de cem galáxias que estão formando estrelas a uma velocidade prodigiosa.

Trabalhando com seu novo mapa, a equipe identificou uma das fontes submilimétricas como sendo associada a uma galáxia em formação de estrela que é vista apenas 1 bilhão de anos após o Big Bang. Essa galáxia notável mostra as assinaturas de intensa formação estelar e crescimento obscuro de buracos negros quando o Universo tinha apenas 10% de sua idade atual. Kristin Coppin, da Universidade de Durham e a equipe do LESS, sugerem que poderia haver muito mais galáxias submilimétricas à espreita nesses tempos do que se pensava anteriormente. "A descoberta de um número maior de galáxias ativas em tão pouco tempo estaria em desacordo com os modelos atuais de formação de galáxias", disse Coppin.

Coppin apresentou as descobertas da equipe na conferência da Semana Europeia de Astronomia e Ciência Espacial.

Fonte: RAS

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