60 bilhões de planetas habitáveis ​​na Via Láctea? Os astrônomos dizem que sim!

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Um novo estudo sugere que o número de exoplanetas habitáveis ​​somente na Via Láctea pode chegar a 60 bilhões.

Pesquisas anteriores realizadas por uma equipe da Universidade de Harvard sugeriram que existe um planeta do tamanho da Terra na zona habitável de cada estrela anã vermelha. Mas pesquisadores da Universidade de Chicago e da Northwestern University agora ampliaram a zona habitável e dobraram essa estimativa.

A equipe de pesquisa, liderada pelo Dr. Jun Yang, considerou mais uma variável em seus cálculos: cobertura de nuvens. A maioria dos exoplanetas está presa às estrelas hospedeiras - um hemisfério fica de frente para a estrela, enquanto o outro fica de costas para o outro lado. Esses planetas trancados por maré têm um lado do dia permanente e um lado noturno permanente.

Seria de esperar que o gradiente de temperatura entre os dois fosse muito alto, pois a beira do dia recebe continuamente fluxo estelar, enquanto a noite fica sempre no escuro. Simulações em computador que levam em conta a cobertura de nuvens mostram que esse não é o caso.

O dia é coberto por nuvens, o que leva a um "feedback estabilizador das nuvens" sobre o clima. Tem um albedo de nuvem mais alto (mais luz é refletida nas nuvens) e um efeito de estufa mais baixo. A presença de nuvens realmente faz com que o período do dia seja muito mais frio do que o esperado.

"Os planetas fechados por maré têm temperaturas superficiais baixas o suficiente para serem habitáveis", explica Jang em seu artigo publicado recentemente. A cobertura de nuvens é tão eficaz que até estende a zona habitável para o dobro do fluxo estelar. Os planetas duas vezes mais próximos da estrela anfitriã ainda são frios o suficiente para serem habitáveis.

Mas essas novas estatísticas não se aplicam apenas a algumas estrelas. As anãs vermelhas "representam cerca de ¾ das estrelas da galáxia, por isso se aplica a um grande número de planetas", disse Abbot, co-autor do artigo, à revista Space Magazine. Dobra o número de planetas anteriormente considerados habitáveis ​​em toda a galáxia.

Não é apenas a zona habitável em torno das anãs vermelhas muito maior, mas também vive por períodos muito mais longos. De fato, o Universo não tem idade suficiente para que qualquer uma dessas estrelas de longa data tenha morrido ainda. Isso dá à vida a quantidade de tempo necessária para formar. Afinal, os seres humanos levaram 4,5 bilhões de anos para aparecer na Terra.

Outro estudo que relatamos anteriormente também revisou e extrapolou a zona habitável ao redor de estrelas anãs vermelhas.

Observações futuras verificarão esse modelo medindo as temperaturas das nuvens. Durante o dia, apenas poderemos ver as nuvens altas e frias. Um planeta semelhante a este modelo parecerá muito frio durante o dia. De fato, "um planeta que mostra o feedback da nuvem ficará mais quente à noite do que à noite", explica Abbot.

Este efeito será testável com o Telescópio Espacial James Webb. Em suma, é provável que a Via Láctea esteja repleta de vida.

Os resultados serão publicados em Astrophysical Journal Letters (pré-impressão disponível aqui).

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