Qual a eficácia das proibições de viagens para conter a disseminação do coronavírus?

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As restrições de viagem impostas à luz do novo surto de coronavírus atrasaram apenas modestamente a propagação do vírus fora de Wuhan, China, onde o surto começou, de acordo com um novo estudo.

Para o estudo, os pesquisadores usaram modelagem computacional junto com dados do mundo real para simular a propagação da doença, conhecida como COVID-19, em diferentes cenários, relataram sexta-feira (6 de março) na revista Science. Os autores descobriram que a quarentena de viagens em torno de Wuhan - que começou em 23 de janeiro e prendeu a cidade e seu aeroporto - atrasou a propagação do vírus pela China continental em apenas três a cinco dias.

A proibição de viajar em Wuhan foi mais eficaz em impedir a propagação do vírus para o resto do mundo, pelo menos inicialmente. Os pesquisadores estimam que a proibição de viagens levou a uma redução de 77% nos casos importados da China para o resto do mundo no início de fevereiro, em comparação com a proibição de viagens. No entanto, essa redução durou apenas duas a três semanas, após as quais o número de casos internacionais aumentou devido a casos importados de outras partes da China.

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Análises posteriores revelaram que mesmo restrições muito rígidas de viagens - que reduzem as viagens aéreas de e para a China em 90% - não teriam um grande efeito na trajetória do surto, a menos que se juntassem aos esforços para diminuir a taxa de transmissão de doenças entre as pessoas. Tais esforços incluem a detecção precoce de casos COVID-19, o isolamento de casos e contatos e medidas de saúde pública testadas e comprovadas, como lavar as mãos.

"No futuro, esperamos que as restrições de viagem às áreas afetadas pelo COVID-19 tenham efeitos modestos e que as intervenções de redução da transmissão forneçam o maior benefício para mitigar a epidemia", concluíram os autores.

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