Os funcionários da embaixada dos EUA em Cuba, que inicialmente foram considerados atacados por uma "arma sônica", sofreram danos à substância branca em seus cérebros, revelam exames. E as autoridades estão cada vez mais céticas quanto à causa de uma arma sônica, informou a Associated Press.
Os primeiros sintomas de um possível "ataque" apareceram no outono de 2016. Os trabalhadores ouviram barulhos altos e bizarros, como chilrear, zumbidos e sons de raspagem, ou sentiram um movimento fantasmagórico de ar perto deles e passaram a ter perda auditiva e zumbido nos ouvidos, informou o Washington Post.
Posteriormente, os afetados pelo fenômeno bizarro passaram a ter perda de memória, problemas de audição e visão e problemas de equilíbrio. As varreduras do cérebro agora revelam alterações na substância branca, que contém os neurônios que se comunicam entre si, informou o AP.
Enquanto o governo dos EUA inicialmente culpou uma arma sonora misteriosa pelos ataques, as autoridades dos EUA agora estão tomando cuidado para evitar o termo, de acordo com a AP. Muitos especialistas em ondas acústicas disseram que é improvável que as ondas sonoras causem os danos cerebrais observados pelas autoridades do departamento de estado. Em vez disso, os sons podem ter sido o resultado, não a causa, de qualquer coisa que tenha ferido as pessoas, informou a AP.
Os médicos que vêm tratando os casos misteriosos há meses devem apresentar suas descobertas em uma edição do Journal of the American Medical Association.